Jim Cramer, o apresentador franco do programa “Mad Money” da CNBC, reservou um tempo em 26 de novembro para abordar a reação do público aos seus comentários recentes sobre criptomoedas.
Abrindo com reflexões sobre a sua recente série sobre a espuma e o excesso do mercado, Cramer lembrou aos telespectadores a importância de garantir ganhos num mercado volátil. Ele instou os investidores a considerarem a venda de partes das suas participações para se protegerem de perdas futuras, uma estratégia que descreveu como essencial no investimento prudente. Seu conselho vem da experiência pessoal, pois admitiu ter cometido o “pecado” de transformar ganhos em perdas no passado.
No entanto, o cerne de seu comentário foi uma resposta às críticas que recebeu após recomendar criptomoedas como parte de um portfólio diversificado. Abordando as acusações de “ligar para o topo” na criptografia, Cramer descartou a reação online como “idiotice da Internet”. Ele esclareceu que a sua defesa da criptografia não é uma posição nova, mas sim uma posição informada pela crença no seu papel potencial como proteção contra a instabilidade económica, particularmente face à crescente dívida do governo dos EUA.
Cramer apontou erros fiscais históricos, como a incapacidade de emitir obrigações de longo prazo durante períodos de taxas de juro baixas, como prova da ineficiência do governo. Expressou preocupações sobre potenciais medidas drásticas, como o hipotético confisco de bens, uma reminiscência da Ordem Executiva 6102 do Presidente Franklin D. Roosevelt, que exigia que os cidadãos entregassem ouro. Embora tenha reconhecido que tais cenários são extremos, eles realçam o seu cepticismo mais amplo sobre a capacidade do governo de gerir eficazmente os desafios fiscais.
Este cepticismo, combinado com o risco duradouro de impasse político sobre os limites máximos da dívida, constitui a base da crença de Cramer de que activos como Bitcoin e Ethereum merecem um lugar nas carteiras. Ele vê-as como salvaguardas contra as acções imprevisíveis dos decisores políticos, especialmente à medida que as preocupações com o défice nacional continuam a surgir. Embora admita que não há provas definitivas de que a criptografia possa proteger os investidores da turbulência econômica, ele a descreveu como uma “história plausível” e observou que, ao investir, às vezes uma história plausível é suficiente.
Cramer concluiu reiterando sua crença em manter ouro e criptografia como parte de uma estratégia para mitigar o risco. Apesar das críticas persistentes, ele permaneceu firme em sua recomendação, ressaltando que esses ativos estão atualmente apresentando um bom desempenho, aproximando-se de máximos históricos.